sábado, 21 de setembro de 2013

Rock in Rio; 4º dia veja , fotos e textos

Metallica fez melhor show da noite e Ghost fez o pior com 'missa satânica'.
Zombie e Sebastian foram bem; Sepultura repetiu dose e Alice foi morno.



As reações e as estampas de camisas da plateia deixaram claro: a maioria nesta quinta-feira (19) foi até a Cidade do Rock para ver o Metallica. As 85 mil pessoas vibraram muito mais com a banda californiana do que com qualquer outra. Em outros shows, foi comum ouvir gente pedindo Metallica, inegavelmente donos do melhor show da noite. Mas o primeiro dia do metal teve, claro, outras bandas que se destacaram, positiva e negativamente. No Palco Sunset, a plateia chegou mais cedo do que no primeiro fim de semana. Sebastian Bach e Robie Zombie fizeram shows concorridos, mas as bandas brasileiras que tocaram antes também tiveram apoio maior do que de costume. Zombie apresentou um "filme de terror ao vivo" e Sebastian mostrou hits do Skid Row e pose de ex-galã.     
O Palco Mundo teve o replay do show do Sepultura com o grupo francês de percussão Tambours du Bronx. Depois do som pesadíssimo, a reação ficou aquém do que se espera de uma atração principal. O sexteto sueco Ghost conseguiu o título de pior show. A "missa satânica" comandada por um Papa mais bonzinho do que macabro foi recebida com frieza. O Alice in Chains representou o grunge, com competência, pouca animação e o riff da noite, de "Man in the box". Além de dois shows mornos, o dia também teve dois problemas na estrutura: vazamento em banheiro e falta de água.
Dois shows pouco animados antes e meia hora de atraso não esfriaram o show do Metallica, melhor da noite; de longe. A banda variou o repertório em relação ao festival de 2011, mesmo sem disco de inéditas. "Nothing else matters", "Enter sandman" e "Sad but true" continuaram, com competência usual. "Master of puppets" causou pandemônio
Entre as várias canções do Metallica em mais de duas horas de show, a clássica balada "Nothing else matters" foi certamente um dos hits do set. A banda também tocou "Enter sandman", "Seek and destroy" e outras. "Mais legal do que há dois anos", concluiu a banda, que veio ao festival em 2011   
O show do Alice in Chains mudou de ares com "Man in the box". O riff, tocado com precisão por Jerry Cantrell - o centro de energia da banda - jogou a apatia do público para o lado. Só assim o cantor William DuVall pareceu sair do automático. A competência técnica não impediu que, no final do show, vários fãs se sentassem
Se o objetivo do Ghost é meter medo, o show (ou "missa satânica") não saiu como planejado. O sexteto sueco de metal foi recebido com frieza. A banda ouviu provocações. "Anitta", zombou um metaleiro. Outro grupinho clamou por Slayer. Havia também gritos por Metallica. Disperso, o público tomava cerveja e conversava
Para um vocalista que se diz "Papa macabro", até que o homem de frente do Ghost é simpático. "Boa noite, Rio", disse, em português. "Muito obrigado, gente", disse, pouco depois. "Vamos participar", pediu no final, quando mandou beijos. Como a música foi mal recebida, o figurino do Ghost foi ainda mais importante
"No meu quarto assistindo ao Metallica no Rock in Rio pela TV. Foda. Eles são os mestres do rock". (Rob Thomas, cantor do Matchbox Twenty, que se apresenta na sexta no festival).     
O Cantor e diretor de filmes de terror Rob Zombie levou dois telões extras ao Palco Sunset e fez show com visual e música impressionantes. O que se viu foi um clima de "filme de terror ao vivo". Quase no final, o público saudou o músico cantando "olê, olê, olê, Zombê, Zombê". Entre as mais cantadas estiveram as da sua antiga banda, White Zombie, "More human than human" e "Thunder kiss '65"
Até que enfim o dia do metal chegou!" Era Andreas Kisser do Sepultura dando vazão no microfone às reclamações sobre a avalanche pop no line-up. Diante do sucesso da apresentação conjunta com o grupo francês de percussão Tambours du Bronx na última edição, saíram do Sunset e foram "bater lata" no Palco Mundo
A organização informou que houve falha no abastecimento de água na Cidade do Rock. Enquanto funcionários trabalharam para solucionar o problema, o abastecimento das cisternas foi garantido por caminhões pipa. Pouco antes do show do Metallica, mulheres usaram o banheiro ao lado da roda gigante mesmo com um grande vazamento. Houve falta de água, mas o fornecimento foi restabelecido, segundo a organização do festival, que enviou uma equipe de operações e não chegou a interditar o espaço.         
Sebastian Bach no Palco Sunset (Foto: Alexandre Durão/G1)
Não se viu tanta gente tão cedo no Sunset nos outros dias de festival. Já nos shows da tarde, o povo de camisas pretas lotou a frente para ver os shows de Híbria e Almah; e Sebastian Bach. Até no primeiro show (República, Dr. Sin e Roy Z), havia mais gente do que o normal. Para sentir o calor dos metaleiros, o G1 entrou na rodinha no show do Híbria
Aos 45 anos, Sebastian Bach não tem a mesma potência vocal do começo (ou do meio) da carreira. E também não tem o mesmo porte e a mesma pose de conquistador. Mesmo assim, o ex-galã se deu bem no Palco Sunset com músicas do Skid Row, banda de glam rock da qual foi vocalista. "18 and life", "Youth gone wild" e "I remember you" foram as mais cantadas   
Enquanto Edu Falashi, vocalista do Almah, anunciava a saideira, foi interrompido pelo público aos gritos e "Seiya", primeiro nome do personagem de um dos cavaleiros do desenho. O cantor, que já foi vocalista do Angra, gravou a canção "Pegasus fantasy" para o filme. Sem graça, entoou alguns versos à capela. A concessão foi bem vinda e celebrada pelos fãs metaleiros
imagem-rock in rio (Foto: Arte/G1)
Fãs de Metallica beijam o chão da Cidade do Rock (Foto: Lívia Torres/G1)
Fãs de Metallica beijam o chão da Cidade do Rock, ao pisarem na grama do local pela primeira vez, no começo da tarde, logo após a abertura dos portões 

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